Talvez eu não esteja satisfeita. Base, batons e pó compacto. Salto fino, corselet. Prancha, escova progressiva, definitiva e alisamento japonês. Bronzeamento artificial na pele, clareamento artificial nos dentes. Sorriso artificial no rosto e felicidade artificial para mostrar ao mundo. E o mundo, sorri. Não passa de outro manipulado, a quem foi ensinado a aprovar o artificial.
Dias em que a cintura mais fina e o cabelo mais liso não faziam diferença, passaram.
Há um padrão. Egoísta, mau. Todos o conhecem. Há quem não o siga, mas todos o respeitam. E quando a aparência não importava? E quando o padrão pareceria uma idéia absurda? Não sei.
Talvez não esteja satisfeita. Mas em minha bolsa há um batom e um pó compacto. Me desculpem, mas não, eu não conseguiria viver sem o padrão. Nem vocês. Obrigada.
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